Adson Batista critica sistema eleitoral da CBF e cobra renovação: “O futebol é dos clubes”
A eleição que definirá o novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), marcada para o próximo dia 25 de maio, está cercada de críticas e desconfiança por parte de dirigentes de clubes brasileiros. Após a destituição de Ednaldo Rodrigues pela Justiça do Rio de Janeiro, Fernando Sarney assumiu interinamente e convocou nova votação, que deve confirmar Samir Xaud como novo mandatário da entidade. Em meio a esse cenário, o presidente do Atlético Goianiense, Adson Batista, se manifestou de forma contundente contra o modelo atual da CBF.
Adson critica sistema eleitoral da CBF

(Foto: Ingryd Oliveira/ACG)
Para Adson, a estrutura da CBF está nas mãos de um grupo restrito que não representa o futebol brasileiro. “A CBF, hoje, pertence a um grupo de poucos. Não pertence ao futebol brasileiro, não pertence, essa é a minha opinião. É só as federações ali, é um projeto de poder, é uma eleição muito engessada, ela não dá a oportunidade dos clubes terem voz”, criticou o dirigente. Ele destacou ainda que, embora os clubes sejam os protagonistas do esporte, estão à margem do processo decisório: “Quem faz o futebol não participa em nada”.
O presidente do Dragão revelou que foi procurado por Samir Xaud, favorito para assumir a presidência, e demonstrou preocupação com os rumos da nova gestão. “O Samir me ligou ontem, eu não o conhecia (…) me parece ser um cara tranquilo. O que cabe a ele? Pacificar o futebol brasileiro, buscar aproximar os clubes, não atender a poucos”, afirmou. Adson fez um apelo por uma administração que olhe para o futuro: “Espero que ele faça uma grande gestão, não seja uma gestão para os amigos, e que mude o estatuto da CBF, ouça as pautas dos clubes. É um absurdo a federação ter peso três (nas eleições). O futebol é dos clubes”.
Apesar das críticas ao modelo nacional, Adson elogiou a postura da Federação Goiana de Futebol, representada por André Pitta e Ronei Freitas, mas deixou claro seu incômodo com a natureza política da chapa que deve assumir o comando da CBF. “Foi uma chapa totalmente política. Você vê os vices lá, é só política, quem é do futebol?”, questionou.