paulo rogerio pinheiro

MUDANÇAS NA ADMINISTRAÇÃO

Paulo Rogério afirma que renunciará ao Conselho do Goiás e deixará de ser sócio após fim de mandato

Por: Zé Roberto 16 jun 2023, 20:45

Seja qual for a posição final do Goiás no Campeonato Brasileiro, este ano deve ser o último de Paulo Rogério Pinheiro na diretoria esmeraldina. O mandato de presidente executivo do empresário se encerra no fim de 2023 e não está nos planos dele continuar com um cargo tão importante dentro do clube.

“Encerrando meu mandato, nem sócio eu vou querer ser mais. Vou passar meu título para o meu filho e o título do meu pai vai para um irmão nosso que não tinha. Vou continuar ajudando o Goiás, mas não quero cargo nenhum no clube a partir do ano que vem não serei mais sócio. Vou renunciar ao Conselho”, revelou o dirigente em entrevista à Rádio CBN.

A decisão de Paulo Rogério está ligada ao pensamento de que para crescer, o Goiás terá de passar por mudanças em sua administração. Alterações no estatuto de clube que não aconteceram antes também pela resistência de Hailé Pinheiro, que faleceu em setembro do ano passado e sempre gostou do clube mais fechado.

“Precisamos profissionalizar o Goiás urgente e prepará-lo para um SAF (sociedade anônima do futebol). Acho que temos que fazer uma SAF mesmo sem ter investidor. Isso me preocupa muito, mas o Edminho (Pinheiro) está imbuído nisso”, afirmou.

Ele destacou que além do próprio presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, o filho do próprio Edminho, também trabalha nessa transformação do clube. Segundo Paulo Rogério Pinheiro, Breno é um executivo que trabalha na área financeira e está estudando a SAF do Goiás ao lado da empresa XP Investimentos, que é quem está trabalhando também na criação da Liga Forte Futebol.

“Esse é o futuro do Goiás. O clube não pode mais gastar R$ 4 milhões por mês pra fazer futebol. Ano passado gastamos de R$ 1,9 milhão a R$ 2 milhões (por mês) e esse ano dobramos. O que eu vou gastar em um ano é o que Flamengo e Palmeiras gastam em um mês, não dá pra competir”, disse.

Na visão do presidente, o que o Goiás investe no futebol anualmente tem que, no mínimo, quadruplicar. “Temos que partir para um patamar de gastar R$ 200 milhões, R$ 250 milhões por ano, para termos força e poder de contratação”.

Luis Oyama

O volante Luís Oyama foi o primeiro jogador a ser contratado pela diretoria esmeraldina para ser inscrito na janela do meio do ano que abre no dia 3 de julho. Mas trazê-lo não foi fácil. Segundo Paulo Rogério, o meio-campista tinha proposta de cinco clubes, três de Série A, e só conseguiu fechar o negócio ‘na lábia’.

O dirigente contou que tem um amigo em comum com Oyama e que o volante também é próximo de Apodi, hoje no clube esmeraldino. Foi assim, nas relações, que o Goiás conseguiu contratá-lo.

“Não podemos ter essa dificuldade (para contratar). Nós já perdemos jogadores esse ano por não ter ‘bala na agulha’. O Fortaleza pagou R$ 3 milhões para o Goiás por um garoto de 18 anos  (Kauan), nós não conseguimos pagar isso em um jogador profissional. O Fortaleza consegue pagar R$ 40 mil por mês de salário inicial, nós não estamos dando conta disso mais e estamos ficando para trás”, finalizou Paulo Rogério.

 

 

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